terça-feira, 12 de maio de 2020

Desiderato da aldeia




Acordaram cansados os aldeados
Depois de longos desideratos
A (re)invenção do cotidiano
Braços alongados em cabos flutuantes
Todas as utopias cabem em satélites, veias e vias
Perfuram as raízes da minha aldeia
Desenham novos contornos para a humana colmeia
Futurólogos e suas imprevisões
Pós-mundo líquido e imiscível
Desglobalizar-se-á?
Um antivírus para a gordura invisível
O ruído agudo dos estômagos pede proteção
É servido o banquete: suculentos migliaccios, saborosas lúcides e porções de aldir
Pode-se dançar, corpos separados
Um pra lá, outro pra cá: catarses do devir