segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Como nascem as ondas

 




Há uma boca gigante soprando no mar
Abaixo dele mãos terrosas cismam
Atiçadas pela fome do fogo
Vêm do ventre quente que se esconde da gente
De onde vibram os continentes
Na metade dos extremos
O mar de lâmina separa elementos
Às dezessete horas fica violento
Cospe espumas, desfaz terrenos
No domingo à tarde vejo-o sereno
Verde-escuro-cristalino, abraço salino
Posso, enfim, mergulhar