Agoniza mais uma estrela que caiu na beira do rio
Esfarela-se, treme e evapora
Derrete, sucumbe, grita e chora
Infeliz dessa estrela que em algo acreditou
Nunca lhe agradeceram pelas noites que iluminou
Pelos risos concedidos
Pelos corações que tocou
Deixaram-lhe sozinha a morrer
Entendeu ela que a queda estava programada
Data, dia e hora e marcada: 1 de janeiro
Esfarela-se, treme e evapora
Derrete, sucumbe, grita e chora
Infeliz dessa estrela que em algo acreditou
Nunca lhe agradeceram pelas noites que iluminou
Pelos risos concedidos
Pelos corações que tocou
Deixaram-lhe sozinha a morrer
Entendeu ela que a queda estava programada
Data, dia e hora e marcada: 1 de janeiro
Melhor sentir a dor
Súbita e lentamente a estrela se transformou
Está em cada pedra, em cada quintal escondido
Está entre os ingás e as juremas
No chão batido e nos espinhos
Nas pequenas ondas do rio
Fragmentos seus, remanescentes de outrora
Talvez brilhem de outro jeito rio afora
No nascer de outras eras
Quando ela, finalmente,
Se recompor
Súbita e lentamente a estrela se transformou
Está em cada pedra, em cada quintal escondido
Está entre os ingás e as juremas
No chão batido e nos espinhos
Nas pequenas ondas do rio
Fragmentos seus, remanescentes de outrora
Talvez brilhem de outro jeito rio afora
No nascer de outras eras
Quando ela, finalmente,
Se recompor

