sábado, 28 de novembro de 2015

Nome-canção



 Nome do santo que é celebrado no dia do meu aniversário, nome do meu gato -criatura por mim infinitamente amada-, nome de um grande amigo, nome do filho que um dia eu terei e nome de uma canção. Francisco.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Francisco e o vento



Enquanto nos afundamos em estudos e leituras, ele, calmo e sonolento, está deitado sobre a mesa. A pequena cabeça está apoiada em seu bracinho e de vez em quando fazemos algum afago nele. De onde está é possível observar o céu, os pássaros e os coqueiros do outro lado da rua.
Um vento forte entra pela janela, então, ele desperta. Tranquilo, ele levanta a cabeça, fecha os olhinhos, respira mais rápido e sente o vento afagar o seu rosto. Francisco e o vento. É nesse momento que os dois são um só. O gene não nega, os animais foram feitos em comunhão com a natureza. Observo essa conexão e sinto paz. 

Estou andando entre árvores e de repente, o vento passa por mim. Fecho os olhos, respiro, sinto o seu toque em meu rosto e imediatamente noto que repeti os gestos do pequeno Francisco sem perceber. Sorrio e agradeço por ter aprendido uma nova lição com ele.

domingo, 22 de novembro de 2015

Pequeno Francisco



Francisco, nome do santo protetor dos animais, e nome do meu gatinho. Pequeno siamês dos olhinhos azuis, cheio de vida e curiosidade. Ele é amor, todo amor. O que ele trouxe para meu coração não pode ser medido ou explicado. Ternura, carinho, amor, amizade, respeito, pureza. Eu, que já amava os animais, passei a amá-los e respeitá-los ainda mais. Através de Francisco eu pude reconhecer um ponto em comum a todos eles: o brilho inocente nos olhos e uma pureza na alma. Não trazem maldade em si, apenas são o que são, lutam para sobreviver e sentem, tal como nós sentimos. Merecem nosso respeito e nos ensinam o amor. Acredito que sejam anjos. Quando olho para Francisco, enxergo pequenas asas nele.
Lembro de quando foi deixado em minha casa: era pequeno, tinha três meses e junto a ele foram deixados dois potes e uma caixa de areia. Ele estava acostumado a viver com outros gatos e o seu rabinho parecia machucado. Disseram que ele tinha perdido a mãe e passado por um acidente, que até hoje não sei como aconteceu. Era dia 4 de maio de 2015. Ele se escondeu em uma gaveta e passou o dia inteiro lá. Até que o encontramos escondido, tão pequeno e tão assustado. Ele miava pela casa, procurava as antigas companhias, e nós tentávamos acalmá-lo. Até que ele se deitou perto de nós e dormiu.
Os dias passavam e ele explorava o ambiente. Pequeno curioso, menininho danado. Aquariano independente e carinhoso. Dócil, simpático, comunicativo. Aos poucos demonstra confiança em que cuida dele. Sobe em minha cama, deita nos meus pés. Dessa vez não sou eu que mostro a ele o quanto o amo, é ele que demonstra o seu amor. Se estou quieta, ele deita ao meu lado. Se choro, ele me consola: mia, deita perto de mim.
Seus olhinhos são vivos, observam a casa e a rua. Triste fim para as formiguinhas que passam perto dele. Passa as manhãs e as tardes dormindo, quieto, carinhoso. Quando anoitece, corre pela casa, mia, quer brincar. Eu o acompanho, brinco com ele, sorrio com a sua alegria. Isso é vida. É a luz que está dentro dele, que o faz correr, miar, explorar, e levar amor por aí.
Meu pequeno anjo. Os olhos azuis brilham, as orelhinhas mexem com qualquer barulho, o rabinho balança pela casa. Minha alegria é chegar em casa e por ele ser recebida. Poder abraçá-lo e tê-lo sempre perto. Se triste, ou magoado, mia e reclama e eu o entendo. Tão acostumado a sempre receber carinho, que reclama se é chamado atenção. Adora subir na pia, mas detesta banho. Bagunça a casa, arranha os móveis, quebra objetos e apronta por aí. Pequeno obstinado, mira um alvo e pula até ele, mesmo que demore dias para a sua conquista.
Quando deito para dormir, ele sobe em minha cama e quer dormir também. De vez em quando olhamos as estrelas pela janela. Ele adora as mesmas músicas que eu e até dorme com elas.  Estou aqui, e ele está deitado ao meu lado. A cabeça repousa sobre o braço. Calmo, tranquilo, transbordando amor.
Obrigada por existir, obrigada por ser quem é e do jeito que é. Obrigada por estar em minha vida e por ser o meu irmãzinho mais novo. Obrigada Universo, por ter colocado um pequeno anjo em minha vida. Eu olho para ele, digo essas palavras e ele mia, sei que me entende.