Enquanto nos
afundamos em estudos e leituras, ele, calmo e sonolento, está deitado sobre a
mesa. A pequena cabeça está apoiada em seu bracinho e de vez em quando fazemos
algum afago nele. De onde está é possível observar o céu, os pássaros e os
coqueiros do outro lado da rua.
Um vento forte entra
pela janela, então, ele desperta. Tranquilo, ele levanta a cabeça, fecha os
olhinhos, respira mais rápido e sente o vento afagar o seu rosto. Francisco e o
vento. É nesse momento que os dois são um só. O gene não nega, os animais foram
feitos em comunhão com a natureza. Observo essa conexão e sinto paz.
Estou andando entre
árvores e de repente, o vento passa por mim. Fecho os olhos, respiro, sinto o
seu toque em meu rosto e imediatamente noto que repeti os gestos do pequeno
Francisco sem perceber. Sorrio e agradeço por ter aprendido uma nova lição com
ele.
