Essa coisa que
não tem nome. Essa coisa mágica, esse querer bem, essa vontade de estar perto. Bálsamo
benigno, signo, guru e porto seguro. Mar e mãe, medo e champagne, visão do
espaço sideral. Fumo e yoga, paixão e carnaval.
Luz e nuvem. O
envolvimento de um abraço que faz ver estrelas e conhecer um pedaço do paraíso.
Olhos brilhando e sorrisos de crianças. Andanças de mãos dadas pelo mundo.
Planos e sonhos. Cuidado na doença, beijo na testa. Defender com unhas e
dentes. O telefone que toca pra se ter uma conversa rápida. É aquele carinho de
quem levanta cedo só para comprar produtos orgânicos para o outro. E aquela
moça ou rapaz que compra um remédio na farmácia sem querer nada em troca.
Respeitar as
dores, perguntar se chegou bem em casa, e, melhor ainda, acompanhar no caminho.
Deixar na porta de casa. É olhar nos olhos e poder chorar sem medo. Entender
que o passado existe, mas que quem ama vive só para o presente. Sonhar com
paisagens e viver poemas. Caminhar canções e beijar instantes.
É uma essência
divina, uma centelha, é a visão do universo. É maior do que tudo, é espiritual,
é alma, coração e tudo que há de mais belo no mundo. Talvez macio, talvez
solar, talvez parte da lua. É uma praia deserta e uma mata selvagem. Existe
para homens, mulheres, crianças e animais.
Talvez, se os
olhos forem fechados, há de se sentir alguma coisa. Talvez um sussurro diga o
seu nome em algum sonho bonito. É uma mãe, um irmão, um amigo, um namorado e
uma esposa. Existe no sorriso dos filhos que eu ainda terei e nos animais que
eu já amo. O cuidado, a ternura, a expressão daquilo que há de melhor no ser no
ser humano. Coisa universal, coisa que a gente faz pelos outros só pelo prazer
de fazer o bem a alguém, coisa que mora nos olhos de quem ama. Coisa que eu nem
sei mais explicar, isso que não tem nome.
