É o que eu
sou. Libriana inconstante, pessoa inconstante. Para além das estrelas, signos,
vênus, marte e lua. Eu sou um pêndulo, ou melhor, eu sou uma balança
desregulada, talvez. Eu sou alguém que quer entender alguma coisa da vida. Eu sou
romântica, mutante, sou uma solitária sempre acompanhada.
Para ficar
perto de mim é preciso me amar, me amar muito. Não pode me prender, mas tem que
me dar segurança, mesmo que eu não ofereça nenhuma. Tem que me querer mesmo com
o ritmo insano do meu pêndulo. Sei amar com força. Vou querer morrer por ele,
vou saber esquecê-lo uma semana depois e vou sentir saudades em alguns meses.
Eu amo sem
saber que estou amando. Gosto da solidão e dentro dela desejo o amor. Sou
delicada, cuidadosa, quero planejar as situações, medir o tempo de cada coisa e
quando menos percebo, estou quebrando as regras antes estabelecidas por mim.
Não sei como
existir de outra forma, mas é a única forma que conheço. Talvez a minha pouca
idade não me ajude muito, talvez eu mude, talvez não. A duração dos meus
relacionamentos é diretamente proporcional ao amor que sinto. Repito, para
estar perto de mim é preciso me amar, e, se se isso durar, é porque estou
amando também.
Liberdade e
intensidade, tudo junto. E por ser tão inconstante, eu aprendi a me amar dessa
forma. Eu tenho um coração enorme, que pulsa, que ama e que quer viver. Sim, eu
sei ser constante. Conheço a lealdade, a calmaria e o embalo da rede. Tenho
laços fortes, amizades longas e a fidelidade de um cão.
O meu lado
solto ainda não encontrou um porto seguro. Ele só quer dizer: eu que sempre fui
tão inconstante, te juro meu amor, agora é pra valer. Só que por enquanto ele
não quer dizer nada, ou nem sabe o que dizer.
