segunda-feira, 15 de junho de 2020

Sal da madrugada




Sal da madrugada, degelo da minha água
Rumino constelações no colchão a planar
Suplico etérea
Nada que chegue aos ouvidos
Daquele que me espreita
O futuro que avilta
Não quer me esperar
Madrugar anoitecida
Faz de mim poeira
Um tesouro no travesseiro
Ao avesso de todas as horas
Vinte e seis em outubro
O devir virá